TRAGO


Dou de beber à saudade da dor, com este veneno multicor que o copo transporta no interior. Sou um louco que vive a cada trago. Não trago nada comigo, a não serem sonhos do mago. Diz-me que sim se fores capaz de sonhar, senão cala-te para sempre. Eu digo-te prá arriscares que o amor não dói, tu dizes vai com calma, que esse sentimento mói. O vento segrega em mim os teus segredos obscuros, o céu reflecte o duro futuro. Eu estava cego por ti, porque eras a minha melhor visão. Quando o íntimo do meu ser, imprimir saudade à tona dos meus desejos, serei teu. Até lá lembra-te de quem fui!!