GENTE

Há quem diga que um verdadeiro amor nunca morre, apenas permanece adormecido, até que surja a faísca necessária para num ápice poder reacender a chama perdida. Confesso que nunca fui dos que apostou nessa ideia, porque sempre procurei novas caras, como quem coleccionava corpos. Numa tentativa de esquecer o meu real amor, fui criando ligações sem ligação. Sempre me dei bem, daí ter negligenciado as minhas culpas passadas. Desliguei-me da relação, acabei por emergir em outras relações e quando pensava que tinha tudo controlado, vi-a escapar-me por entre os dedos, com a mesma rapidez com que eu avancei aquando da traição. A vida segue, com esta ou aquela gente.