DOMINÓ

Ele era o leão com o coração mais gelado, ela a cobra mais temida. Um dia cruzaram-se na selva e foi fogo à primeira luta. Ele inspira diabrura, ela expira aventura. A luta de oxigénio no sexo, é quentura. Se for para perder a respiração, que o clímax mantenha a tentação, no relax da finalização. Nas diferenças, encontraram igualdades. Perdoaram e esqueceram. Não podemos comprar a redenção, é um trajecto que teremos de fazer sozinhos. Um longo caminho desde a escuridão, até à luz brilhante da esperança. Faz tudo parte de um dominó indivisível. Apreciemos o que é invisível, essa visão nunca será discutível. O futuro é agora. Mata-me de amor.