INEXORÁVEL

Quem sou eu e quem és tu, pergunto eu e questionas tu, eu sou a sorte que esperneia, tu a dor que me prende na teia, eu sou a saudade que vagueia, tu a razão batoteira, eu sou o que eu quiser que eu seja, tu és o mundo a girar por aí, eu sou quem olha por ti, nós somos tudo ou nada, quem sou eu afinal e quem és tu doce mal, para mim o inverno é um inferno, o verão a minha verdadeira paixão, a primavera recebo a calmaria sincera, no outono a luta contra o abandono, chegou o meu dia, lá foi ela sabendo que é bela, mexeu e remexeu num desfile certeiro e desconcertante, sei que ela me percebeu sem ouvir a minha voz, fomos inexoráveis em certos pontos das nossas personalidades, haverá retorno de algo com sentido único?