PERSEGUIDO

Viajo para longe dos meus olhos, onde o horizonte sabe a oásis, local esse onde o meu rosto não pode ser reconhecido por nenhum dos humanos que me lançar o olhar, estou cansado de ser apontado, vivo em constante alerta, não quero ser mais vítima da identificação alheia, quero chegar ao fim da meta e estar fora da teia, vivo a fugir de pessoas que não sabem porque me perseguem, crio falsas ilusões, elevo questões, mastigo perdições, fico assustado com a falta de sensibilidade, vivemos num mundo de gênios no sotão e lixo na ribalta, fantasmas de objectivas na mão quebram o meu equilíbrio interior e solta-se a raiva da perca da serenidade exterior, acelero os passos, as perguntas são mais que muitas a pairar ao meu redor, disparo rumo ao sossego onde não haverá pinga de suor, este circuito parece que não chega mais ao fim, a vocês só vos dou dois dias da minha vida porque não tenho escolha, o da minha nascença e o da minha morte, todos os outros nem de perto sonham, não quero aplausos só paz!!