Já nem o choro da traição te consola, são poucas as palavras daquele que finge que ama, a sorte já nem te chama, és uma alma de coração mal tratado, penado, desfigurado e amaldiçoado, já não sentes porque mentes, preferes viver antes sozinho do que com um coração isolado, fugindo de algo desconhecido que te persegue, correndo atrás de algo desconhecido que persegues, não conheces nenhum dos dois, não és escutado porque és mal interpretado, nunca olhas em demasia para o caminho passado, sempre correndo para a frente, nada te vai fazer parar a marcha, a busca é o teu alimento, antes vivido do que perdido, incompreendido do que rendido, enquanto houver amanhecer do sol serás forte na reinvenção matinal, novo dia, novo fôlego, nova oportunidade de vida, nova era, nova conquista, nova memória, dás á vida o que ela te dá em modo sistemático, sobes ás estrelas no teu pé de feijão mágico, amas demasia o risco para abdicar dele, és humilde mas nunca serás submisso aos fantoches idolatrados, por fora na ciência da aparência somos todos mais ou menos iguais, mas a essência interior é que nos distingue dos demais, rodas em círculos imperfeitos, ouves o som das lutas, só vês o que queres ver, espetas o barrete onde ele cabe ou melhor se adapta, a liberdade da incompreensão dos vencedores perante os vencidos rendidos, perdidos e partidos nos sentidos!!
