MULTICULTURAL

Seja no cérebro, seja no coração, seja na pele, seja escrito pelos dedos, seja na eventual alma, todos nós guardamos registos pessoais, intransmissíveis e irrenunciáveis, memórias soltas ou encadeadas, fissuras, dramas, queimaduras, perdas, quedas, alegrias, ganhos, tristezas, amarguras, amores, traições, sonhos, felicidades, loucuras, planos desfeitos, prazos alargados, convém lembrar que os alicerçes da vida passam pela apreciação da beleza da sua simplicidade, não nos podemos esquecer que nascemos e morremos sem nada, a não ser o legado no nossos nomes e das nossas acções, não nos devemos apegar a certo tipo de coisas, a palavra luxo poderá estar associada á extravagância, talvez seja a classe de pessoas que possuem carros luxuosos compostos de exclusividade, que conhecem o território lunar, que tem acesso a peças valiosíssimas, que carregam impérios, por outro lado numa visão mais simplista, talvez os luxos mais importantes da vida sejam simplesmente ter vencido a batalha de espermatozóides, poder estar vivo e saudável, poder respirar livremente o puro dos ares, ter amigos reais do peito que nos enchem de alegria e confiança, ter uma família unida e adorável, não perder a esperança dos sonhos, ter amor para dar e receber, o luxo não é sinónimo de felicidade mas obviamente que poderá ajudar na construção da escalada dos sorrisos felizes, uma família que habita numa vivenda luxuosa da frenética quinta avenida nova-iorquina, não é automaticamente mais feliz do que uma tribo que habita na calmaria da natureza da amazónia, os conceitos de luxo podem variar conforme as necessidades existentes, luxo pode ser algo acessório e dispensável ou algo natural e necessário, devemos ultrapassar os problemas existentes com natural desenvoltura, não viver no sofrimento da antecipação, carregar connosco os sonhos de um mundo multiculturalista, haja o que houver acreditarei no futuro do luxo da igualdade porque acima de tudo acredito nas boas acções das pessoas!!