ALÉM

Não podemos escolher se somos altos ou baixos, magros ou gordos, bonitos ou feios, ricos ou pobres, não escolhemos amores nem dramas, alegrias ou tristezas, não escolhemos formas, cores ou feitios, nem o nosso próprio nome temos o direito de escolher, mas podemos sempre escolher as nossas escolhas diárias, é nelas que reside o factor fundamental da diferença do padrão do bando social, a matriz que nos distingue dos restantes da fila á espera de milagres, o gene especial do adn que se destaca, devemos escolher ser diferentes na fala, na escrita, nos comportamentos, nas ideologias, nas ambições, no brilho, no toque, na progressão da evolução, a estagnação destrói o indivíduo, as mudanças podem ser boas quando efectuadas de acordo com as optimizações da estrutura humana, ás vezes damos demasiado valor ás batalhas morais travadas interiormente e esquecemo-nos de todas as dificuldades gritantes do exterior, por vezes pensar é tudo e fazer é um quase nada, outras vezes fazer é mesmo a única forma de demonstrar e pensar é apenas um esboço da acção a praticar, as boas premonições do que se irá passar longe do papel são chamarizes, a consciência filmada em sonho, a informação empírica do senso comum que nos rodeia, os factos sem precisarem de motivos, a salvação passa pela passagem da verdade, o preto e o branco juntos a observarem as restantes cores, certos pássaros não podem ser enjaulados porque tem as assas brilhantes de mais para não voarem rumo fora, juntos sentimos o coração a saltar-nos pela boca, todos lutam na selva por um lugar ao sol mas só os que vêem mais além conseguem visualizar o encanto da simplicidade!!