INOCÊNCIA

Furacões sociais inundam os projectos idealistas dos humanos naturais, ao homem simples desconhecido pede-se a sagrada liberdade do material, o mapa mundo fica pequeno à medida da crescente evolução da sobredotada ambição, os filhos dos sonhos perdem-se em suspiros, é necessário atitude e confiança nos comportamentos, existem acontecimentos evitáveis, graves, resolúveis e saudáveis, o segredo da selva agitada do quotidiano, reside no equilíbrio dos polos da balança, fechar os olhos não é solução de um fim, é apenas alívio de um meio, devemos deixar-nos guiar pelos puros sentidos, presenciar-nos com pessoas especiais, o cérebro é o nosso bem mais delicado, precioso e complicado, ele gosta de ser respeitado, ser mimado com brindes de viagens coloridas, aos seus ocupantes pede-se que de tempos em tempos descomprimam a pressão do real, sejamos livres por momentos e vivamos no espaço lunático, esqueçamos tudo o que nos rodeia, vivamos o instante só por nós, conscientes e isolados a abordar a missão pedida pelo centro de operações, lá encontraremos de novo o caminho de casa, o vislumbramento do reconhecimento dos trilhos da felicidade da vitória, o regresso à doce inocência, como uma forma de escamotear um processo de difícil compreensão, um ciclo repetitivo de vida e morte, uma luz de passagem ao impensável, trocar os sintomas frios e calculistas pelos quentes e naturalistas, preferiremos as pessoas inteligentes e com visão futurista ao invés das bonitas e minimalistas, somos seres estranhamente complicados até à aceitação da simplicidade, esta é a balada do idealismo da futura irmandade!!