Há uns tempos uma amiga perguntava-me o seguinte, como é que consegues ter fluidez de imaginação e criatividade, dizia ela, eu tento mas não consigo estabelecer a ligação com esses meus campos de actividade de forma a saírem rasgos notáveis, ao qual eu respondi, qual é a parte favorita do dia do teu período fértil, quando é que ele se sente mais explorador de mensagens, quando é que o canal da criação da imaginação ou da realidade se abre e debate, quantas horas dormes por dia, ela respondeu que era o período nocturno e que em média dormiria mais de oito horas, digo-lhe que fico-te pelas seis horas divididas em sono e sonho, que o meu período de criação é o longo nocturno, que são duas horas de diferença entre nós todos os dias nas possíveis hipóteses de dar uma nova cor ao departamento criativo, ao fim da semana, são catorze horas, num mês perto de sessenta horas, num ano perfaz mais de setecentas horas em números redondos, isto em dias daria um mês de avanço, é como se entre nós no que diz respeito ao tratamento da mente, no calendário de hoje tu estivesses exactamente no dia de hoje e eu algures já em meados do próximo mês, ela espantada hipotecou, e se eu ficar acordava mais essas duas horas diárias em companhia com a lua, achas que irei conseguir o que pretendo, remato dizendo que não se trata somente de ficar com os sentidos de persianas abertas, trata-se da tua entrega, motivação, apetência de interesse natural, alerta constante do meio redondante, existem áreas que tu te sentes certamente como peixe na água, campos onde consegues de certa forma brincar por entre o seu conteúdo, lugares esses que se calhar a mim não me fascinam tanto e não domino os seus meandros, nunca feches o mundo exterior ao teu mundo interior e vice-versa, ambos são enormemente vastos e precisam da coabitação para evoluírem, o importante a reter é fazeres aquilo que fazes bem e com o qual te sentes realizada, cada um de nós tem de encontrar a sua natural vocação e apetência para se tornar felizardo com aquilo que faz!!
