CATACLISMO

Nada satisfaz o meu veloz apetite durante muito tempo, sou possuidor de uma inquietação interior natural, a modernidade instalou o caos na mente da minha cidade, sou franco mas não fraco, não me enchas o saco porque estou farto e ainda te mato, respiro e penso que lá em cima as estrelas dormem sorrindo, amanhã é um novo dia, calma comigo para contigo porque o amor é a poesia dos sentidos, havemos de conseguir assentar, continuo procurando a linha da vida, a segredo da juventude, os teus gritos perturbam o meu sagrado sono, o que corre mal não chega para sacudir os bons momentos vividos, não crio demasiadas paredes ao meu redor mas não quero ninguém intrometido em demasia a tentar ordenar o meu espaço, dias de guerra e noites de amor vividos num ciclo vicioso, dá-me só um compasso de tempo para me recompor, erguer e lutar a teu lado, dou-te o resto da minha vida em troca, vejo a tua cara a brilhar por entre a confusão da multidão, a maneira como te moves lentamente é o que te diferencia dos corpos caóticos, dou-te a minha mão porque és um ser especial, se me sinto bem deixo-me ficar, se me sinto inquieto mudo o que tiver a mudar, a mudança é uma eterna constante, podemos levantar assas e encontrarmo-nos, podemos perder-nos, o que será que se avizinha no desconhecido horizonte, um cataclismo movediço ou protagonismo no paraíso!!