CUMPLICIDADE

Tudo começou no nascer da noite com um simples olhar para a verdade, seguiu-se um tímido sorriso pela metade, tu esperavas por mim em puro silêncio, algures onde só nós conhecemos esse lugar imenso, disse-te que só terás aquilo que deres ou fizeres, rompi a cumplicidade porque surgiu a necessidade de uma natural evolução devido á tua falta de maturação para assumir a relação, tenho um certo tipo de coisas mágicas das quais me alicerço para construir a harmonia do dia-a-dia, perdeste o teu natural brilho e viraste uma ralação na minha cabeça que nunca foi problemática, adoro a maneira como tu caminhas desde que caminhes na minha direcção mas não o faças de forma enigmática, perdeste a chance e arrependida estás na estrada do caminho para onde já não queres voltar a ir, essa volta que te atraiçoa os sentidos, hoje no presente consegues perceber aquilo que te tentei dizer no passado, quando consegui adivinhar os traços do esboço do futuro, não o teu, não o meu, mas sim o possível nosso, eu tentei fazer-te ver que se não agíssemos de forma cúmplice, mais cedo ou mais tarde iríamos quebrar os elos da ligação existente, por vezes basta um olhar, uma palavra, uma iniciativa, uma demonstração de afeição por parte da emoção, eu avisei-te que o segredo está sempre nos pequenos pormenores, agora vês-me a deslizar com ela na avenida dos sonhos, sim eu confesso que podias ser tu quem me acompanha nesse caminho, mas foi ela quem conseguiu ser forte e madura para fazer aquilo que tu cobardemente não conseguiste demonstrar, uma sábia sabedoria que veio chegando com o decorrer do dia, estabeleceu a minha nova irmandade, não se ama quem não sente a mesma paisagem com a mesma intensidade de cumplicidade!!