UTOPIA

Ela pergunta aos seus botões porque é que ele perdeu o gosto do sabor do seu mel, porque é que saiu sem acreditar no seu deus, partiu e nem deixou um papel com um simples adeus, porque é que teve de acabar assim depois de tantos momentos especiais, a resposta não fluí de forma clara nem acalma as suas dúvidas existentes, mais tarde veio a saber que ele teve necessidade de liberdade de mudança, que não gosta de despedidas porque prefere observar e admirar uma flor no seu fulgor do que presenciar a chegada da fase murcha ou de falecimento, á tempos atrás esquecidos cruzaram vidas e ambições, ele não pode deixar de reparar na forma livre e espontânea como ela dançava ao seu redor, rodopiava e parecia que sonhava enquanto descrevia os movimentos da conduta da sua alma em pormenor, ela é cheia de truques e criações, pode parecer atrevimento dele mas foi cheio e puro o seu repentino sentimento, quando a música chega carrega ondas de emoções, sentiram-se a vaguear por essas ilusões, não conseguiram orientar o cruzamento das suas vidas, que bom que era a existência de uma sintonia de utopia perfeita!!