BRAVURA

Último dia da existência, primeiro da resistência, hoje soltávamos um ataque súbito e maciço que não foi projectado nem deliberado, todos os dias olho para o pôr do sol e pergunto quando é que o seu calor irá aquecer de novo o nosso amor, olho para ti e já não te reconheço, tens as feições internas trocadas, será feitiço ou uma minha alucinação, finjo que esqueço e avanço, a terra dos livres é o lar dos bravos, não fiques à mercê do teu melhor, não queiras morar na sombra da mudança, todas as mulheres desejam um amor verdadeiro, és uma gata tão bonitinha que contigo não quero fazer apenas sexo porque tenho medo de magoar a tua pura emoção, só farei amor para te brindar ao doce coração, é como toda uma nova sensação de libertação conjunta, depois de todas as forças se esgotarem, eu estarei aqui para te agarrar, podes voar que irei acompanhar-te mesmo que a queda seja vislumbrada, a vitória será triunfante porque é desejada e amada, não existe desgosto, dor ou ardor que o tempo não ajude a curar, a vida é apenas um jogo, não procures o vicío do topo mas a glória da base, olho para o céu mas todos os anjos parecem que desapareceram, tenho o olhar apagado e preenchido de feridas, mas sei que no interior possuiu a força de mil homens, aqui faz frio no pronfundo fundo, ali faz calor no cimo do hino, fico imóvel a pairar no vazio, decido lutar para te agarrar, hoje tenho um coração novo, respiro fundo e lembro-me de ti, encho-me de bravura, de esperança madura e através de pequenos pontos vou encontrando o caminho de regresso a ti, peço-te que não troques de sítio as pedrinhas que me foste lançando do alto do moinho!!