BÚSSOLA

Carta de despedida à mulher da minha vida de face desconhecida, alma vencida, querida e traída, a guerra entre nós só leva a um fim, o nosso fim, o teu mal foi ter-te habituado mal, foi ter-te aguçado os vícios, uma operação de comunicação falhada, uma missão de salvação minada, uma acção de bombardeamento na retaliação, as fontes secaram, as pontes quebraram, o fôlego escasseou, as lágrimas derramaram sangue, os caminhos foram gastos, a esperança futura não foi almejada presentemente, a bússola perdeu o norte, o plano cedeu ao falso rumo, o passado ou prolonga uma relação ou acaba com ela, vai ser o momento que fará com que a história acabe, uma mulher nunca esquece um homem misterioso que vive no fio da navalha, um homem nunca esquece uma mulher bonita e inteligente, podemos não ser perfeitos, mas somos o melhor que conseguimos ser, olho para o topo das estrelas e vejo-te a sofrer, aqui em baixo o céu beija o mar, aí as nuvens entrelaçam-se no sol, sou intemporal modo de ser, inquietude estado de mente, penso em ti como uma forma de mim, nos teus olhos via o céu brilhante, um mundo longe das nuvens pesadas, passadas largas no renascimento, hoje vejo tempestade, os meus selvagens sonhos estão a ser realizados longe de ti, não interessa as segundas chances, as pessoas só mudam quando querem mudar, vivo confuso contigo e perdido sem ti, hoje ele surgiu, sorriu, saudou e sumiu, amanhã ninguém sabe o que será feito da bússola!!